A vacinação na infância pode parecer um desafio, ainda mais se você for mãe/pai de primeira viagem. Porém, é importante compreender que as vacinas obrigatórias não apenas protegem seu filho de doenças mortais como poliomielite, tétano e difteria, mas também mantém as outras crianças que convivem com ele seguras.
Mas, afinal: o que é uma vacina?
Uma vacina é uma versão morta ou enfraquecida, ou ainda parte de um germe que causa a doença em questão. Quando uma criança é exposta à uma doença em forma de vacina, seu sistema imunológico, que é a máquina de combate a germes do nosso corpo, cria anticorpos que a protegem de contrair a tal doença.
A vacina virou um tabu?
Ao longo dos anos, as vacinação infantil gerou uma série de discussões entre pais preocupados com a saúde de seus pequenos. Debates sobre efeitos colaterais, exposição à doenças e quantidade de doses se tornaram cada vez mais frequentes em meio às pautas familiares, causando até certa histeria. Porém, isso é normal. Afinal, quem nunca se preocupou com o bem-estar do próprio filho que atire a primeira pedra!
É por isso que hoje estamos aqui para te contar que não há, ainda, nenhuma evidência convincente e concreta sobre os malefícios das vacinas. Muito pelo contrário. Embora as crianças possam realmente ter uma reação a qualquer dose, o importante é saber que os benefícios da vacinação na infância superam todos os outros medos.
Como funciona a vacinação na infância?
A maioria das vacinas do seu filho é completada aos 4 anos de idade (sendo as primeiras doses com ele ainda recém-nascido). Muitas delas são dadas mais de uma vez, em diferentes idades e em combinações. Isso significa que você precisa manter o cartão de vacinação do pequeno em dia.
Detalhe: nunca confie em sua própria memória, e nem na do pediatra. Afinal, médicos mudam, registros se perdem, consultórios fecham etc. Então, pense que as vacinas de seu filho fazem parte da certidão de nascimento dele, e mantenha o cartãozinho de controle de imunização junto a todos os outros documentos essenciais.
Se seu filho perdeu uma vacina, não é preciso começar tudo de novo, do zero. As doses anteriores ainda são boas o suficiente para que o pediatra retome o cronograma de vacinação habitual.
De quantas vacinas o seu filho precisa?
Embora as doses sejam combinadas para reduzir o número de picadas necessárias, a lista ainda é longa. Confira (dados retirados do site do Ministério da Saúde):
Logo ao nascer:
- BCG (dose única): previne as formas graves de tuberculose, principalmente meníngea e miliar.
- Hepatite B.
Aos 2 meses:
- Pentavalente (1ª dose): previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções pelo Haemophilus influenzae tipo B (HiB).
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP – 1ª dose): previne poliomielite (paralisia infantil).
- Pneumocócica 10 valente conjugada (1ª dose): previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo.
- Rotavírus (1ª dose): previne diarreia pelo rotavírus.
Aos 3 meses:
- Meningocócica C conjugada (1ª dose): previne doenças causadas pela Neisseria meningitidis do grupo C.
Aos 4 meses:
- Pentavalente (2ª dose).
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP – 2ª dose).
- Pneumocócica 10 Valente (2ª dose).
- Rotavírus (2ª dose).
Aos 5 meses:
- Meningocócica C (2ª dose).
Aos 6 meses:
- Pentavalente (3ª dose).
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP – 3ª dose).
Aos 9 meses:
- Febre amarela (dose única).
Aos 12 meses:
- Tríplice viral (1ª dose): previne sarampo, caxumba e rubéola.
- Pneumocócica 10 Valente (reforço).
- Meningocócica C (reforço).
Aos 15 meses:
- DTP (1º reforço): previne difteria, tétano e coqueluche.
- Vacina Oral Poliomielite (VOP – 1º reforço).
- Hepatite A (dose única).
- Tetra viral ou tríplice viral + varicela (dose única): previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela (catapora).
Aos 4 anos:
- DTP (2º reforço).
- Vacina Oral Poliomielite (VOP – 2º reforço).
- Varicela atenuada: previne varicela (catapora).
Aos 9 anos:
- HPV (meninas) – 2 doses com intervalo de seis meses.
Aos 11 anos:
- HPV (meninos) – 2 doses com intervalo de seis meses.
Dos 11 aos 14 anos:
- Meningocócica C (dose única ou reforço, a depender da situação vacinal anterior).
Dicas finais sobre a vacinação na infância
Os efeitos colaterais mais comuns da vacinação incluem inchaço no local da injeção, dor e febre. Discuta esses efeitos colaterais com o pediatra e pergunte a ele quais sintomas merecem mais atenção que o normal.
Sempre leve o cartãozinho de vacinação do seu filho para as consultas médicas do seu filho e certifique-se de que o pediatra sempre o cheque para saber se todas as doses estão atualizadas.
E lembre-se: as vacinas são alguns dos medicamentos mais seguros e eficazes que temos. Não caia em mitos e mentiras espalhadas sobre ela. Aliás, se quiser saber as respostas às dúvidas e mitos mais frequentes sobre as vacinas, é só clicar aqui.
E aí, gostou do texto? Para ler mais conteúdos como este, fique de olho em nosso Site e siga nossos perfis nas redes sociais (Facebook e Instagram)! Estamos te esperando.
Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde