Conjuntivite: tipos, sintomas e cuidados necessários

Close em olho vermelho de um homem. Representação da conjuntivite.

Imagine acordar com os olhos vermelhos, coçando e lacrimejando. Tal infortúnio, acredite, pode não ser apenas uma alergia sazonal, mas sim uma conjuntivite. 

Apesar de extremamente comum, essa condição ainda é mal compreendida pela maioria das pessoas. Quer apostar? Você sabe dizer, exatamente, quando ela é contagiosa ou não? E com relação às formas de transmissão: conhece a lista completa de cor? 

Pensando nisso, preparamos um guia completo com todas as informações mais importantes sobre a conjuntivite, desde a sua definição até os métodos de prevenção. Para se aprofundar no tema, separe um café, sente-se confortavelmente, evite levar as mãos aos olhos e vamos lá!

O que é conjuntivite?

Conjuntivite é uma condição oftalmológica caracterizada pela inflamação e/ou infecção da conjuntiva, uma membrana transparente e fina que reveste a parte branca do olho e o interior das pálpebras. Pode afetar um ou ambos os olhos e é uma das causas mais comuns de vermelhidão ocular.

Antes de continuarmos, temos uma sugestão para você: para entender melhor essa condição, que tal explorar o básico da anatomia dos olhos? Confira:

  • conjuntiva – membrana que tem a função de proteger e lubrificar o olho, produzindo muco e lágrimas. Quando inflamada, causa os sintomas característicos da conjuntivite;
  • glândulas lacrimais – localizadas na parte superior dos olhos, essas glândulas produzem lágrimas que ajudam a manter a superfície ocular limpa e hidratada.

Quando a conjuntiva se inflama, seja por infecção, alergia ou quaisquer outros motivos, ela se torna mais visível e vermelha. Isso acontece porque o organismo, ao tentar combater os potenciais agentes infecciosos ou alérgenos, aumenta o fluxo sanguíneo na região, deixando-a com um aspecto mais inchado e “adoecido”.

Esse processo, por sua vez, pode ser provocado por uma série de fatores. A seguir, vejamos quais são eles. 

Causas

A conjuntivite pode ser desencadeada por diversas causas, cada uma influenciando o seu tipo e gravidade. As principais incluem:

vírus: é a causa mais comum. Geralmente, é associada a vírus respiratórios como influenza, H1N1 e coronavírus. É altamente contagioso e pode se espalhar rapidamente em comunidades.

Bactérias: causada por bactérias como Staphylococcus e Streptococcus. Pode levar a secreções mais intensas e, se não tratada, pode causar danos mais graves aos olhos.

Alergias: desencadeadas, principalmente, por alérgenos como pólen, poeira e pelos de animais. Tende a ser sazonal.

Substâncias irritantes: a exposição ao cloro em piscinas, à poluição, à fumaça e a produtos químicos pode irritar a conjuntiva e desencadear uma conjuntivite.

Doenças autoimunes: em casos raros, doenças que afetam o sistema imunológico, como a artrite reumatoide, podem estar relacionadas à conjuntivite.

Contaminação: o uso incorreto de lentes de contato ou maquiagem contaminada também pode causar conjuntivite.

Tipos de conjuntivite

Aí vai uma informação importante: cada uma das causas da conjuntivite citadas anteriormente costuma estar associado a um tipo específico dessa condição, com características distintas. Sendo assim, confira as principais categorias dessa infecção/inflamação a seguir.

  • Conjuntivite viral: caracteriza-se por uma secreção aquosa, olhos vermelhos e irritação. Frequentemente acompanha sintomas de resfriado ou gripe. É altamente contagiosa e se espalha facilmente, especialmente em locais fechados.
  • Conjuntivite bacteriana: provoca secreção espessa e amarelada, fazendo com que as pálpebras grudem, principalmente ao acordar. Pode afetar um ou ambos os olhos e é contagiosa, embora menos do que a forma viral.
  • Conjuntivite alérgica: causa coceira intensa, vermelhidão e inchaço. Geralmente, afeta ambos os olhos e está associada a outras manifestações alérgicas, como espirros e corrimento nasal. Não é contagiosa.
  • Conjuntivite tóxica: resulta do contato com irritantes químicos. Causa vermelhidão e irritação, mas geralmente resolve-se sozinha após a remoção do irritante. Não é contagiosa.
  • Conjuntivite neonatal: conforme indica o nome, esse tipo ocorre em recém-nascidos e é geralmente causado por bactérias adquiridas durante o parto. É importante tratá-lo rapidamente para evitar complicações.

Entender as diferentes causas e tipos de conjuntivite é fundamental para um diagnóstico correto e tratamento eficaz, minimizando desconforto e prevenindo a propagação.

Sintomas

Assim como acontece com as causas, os sintomas da conjuntivite também costumam variar conforme o tipo, mas geralmente incluem vermelhidão, irritação, secreção, inchaço das pálpebras e sensibilidade à luz. No mais, confira uma análise detalhada de cada um deles:

  • vermelhidão – ocorre devido à inflamação da conjuntiva, costuma ser o primeiro sinal da conjuntivite e, geralmente, o mais perceptível;
  • irritação e ardência – costumam, ainda, vir acompanhados de uma sensação constante de areia nos olhos;
  • secreção – nos casos bacterianos, pode-se observar uma secreção espessa e amarelada. Já na viral, ela é mais aquosa;
  • inchaço das pálpebras – especialmente ao acordar;
  • sensibilidade à luz – também conhecida como fotofobia;
  • visão turva – a irritação pode levar temporariamente à visão embaçada.
  • coceira – em casos alérgicos, costuma ser ainda mais intensa.

Cuidados necessários com a conjuntivite

Ao lidar com a conjuntivite, alguns cuidados são essenciais para aliviar os sintomas e evitar a propagação. São eles:

  • higiene rigorosa – lavar as mãos frequentemente com água e sabão é crucial;
  • evitar tocar os olhos – isso pode agravar a irritação e espalhar a infecção;
  • compressas frias ou mornas – podem ajudar a reduzir o inchaço e a vermelhidão. Atenção: use compressas limpas para cada aplicação;
  • trocar fronhas e toalhas regularmente – evita a reinfecção e a propagação da conjuntivite para outras pessoas;
  • usar óculos em vez de lentes de contato – se você usa lentes, dê uma pausa até a recuperação completa;
  • usar colírios prescritos – em alguns casos, colírios antibacterianos ou anti-inflamatórios podem ser necessários, conforme prescrição médica;
  • evitar maquiagem nos olhos – durante a infecção, evite maquiagem para prevenir irritação adicional e contaminação.

Agora sim!

A conjuntivite é mais do que um mero incômodo. Conhecendo suas causas, tipos e medidas preventivas, você pode proteger sua saúde ocular e a de quem está ao seu redor. 

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