Manchas na pele: o que pode ser?

Homem de costas com manchas na região das costas. Representação de manchas na pele.

Apesar de relativamente comuns, as manchas na pele podem ser o indicativo de algo mais sério. Sendo assim, a conduta mais indicada é a seguinte: fique sempre em alerta para quaisquer tipos de alterações dermatológicas (especialmente nas regiões do corpo mais expostas ao sol). Procure, especialmente, por descolorações, hipo/hiperpigmentações e lesões que demoram a cicatrizar. Caso você perceba alguma “anormalidade” desse tipo, ou qualquer outra, procure pela opinião de um(a) dermatologista. 

No entanto, como o principal objetivo, aqui, é educar nossos leitores, resolvemos dedicar o texto de hoje a esse tema. Afinal, mesmo com a necessidade do aval de um especialista, é sempre interessante entender o que pode estar acontecendo com o nosso corpo, não é mesmo?

Para saber, então, quais são os principais tipos de manchas de pele e o que eles podem representar, continue conosco.

Manchas brancas na pele: o que elas podem ser?

Apesar de menos comuns, a maioria dos casos de manchas brancas é benigna e de tratamento simples. Contudo, é claro que existem alguns tipos que representam perigos mais sérios e, por isso, merecem a nossa atenção. Veja, abaixo, as principais causas das descolorações da pele.

1. Pitiríase versicolor (micose de praia ou “pano branco”)

A micose de praia é uma condição desencadeada pelo crescimento excessivo dos fungos que vivem na camada mais externa da pele. Esse processo acontece, principalmente, devido a três fatores: oleosidade em demasia, suor desmoderado e enfraquecimento do sistema imunológico. 

Além das descolorações, ela pode se apresentar na forma de manchas rosas ou marrons que, por serem geralmente secas, provocam coceira e escamação. Vale ressaltar, ainda, que os sintomas da pitiríase costumam ser mais notados no verão, em lugares muito quentes ou quando a pessoa se bronzeia.

Apesar de completamente inofensivas e desaparecerem sozinhas com o tempo, o ideal é não ignorá-las completamente, evitando possíveis complicações.  O tratamento consiste, basicamente, na prescrição de pomadas antifúngicas e, a depender do caso, medicação oral.  

2. Leucodermia gutata (ou sardas brancas)

Como o próprio nome indica, as sardas brancas são pequenas manchas incolores que aparecem, principalmente, nas regiões do corpo que têm mais contato com o sol. Elas são ocasionadas, principalmente, pela exposição contínua e/ou repetitiva da derme aos raios UVA e UVB que, por sua vez, fazem com que as células produtoras de melanina (pigmento responsável pela cor da pele) parem de trabalhar.

Embora a leucodermia gutata seja inofensiva, ela é um indicativo de algo potencialmente grave: a proteção inadequada contra o sol. Sendo assim, a melhor maneira de evitar as manchas brancas é, primeiramente, utilizar filtro soltar corretamente e contar com barreiras físicas de proteção como chapéus, viseiras, roupas com proteção UVA/UVB etc. 

Para quem já possui essas marquinhas, os tratamentos mais utilizados para amenizá-las são: microagulhamento, laser, dermoabrasão, crioterapia e dermopigmentação. 

3. Outras causas para as manchas brancas

Vitiligo: sem causa específica, essa condição é caracterizada pela diminuição e/ou ausência de melanócitos (células que produzem melanina) em determinadas regiões do corpo, tornando-as despigmentadas. As manchas (de tamanho e formato variados) respondem às seguintes formas de tratamento:

  • aplicação de cremes com baixa concentração de corticosteroides;
  • prescrição de imunomoduladores e/ou esteroides;
  • algumas sessões de terapia com luz ultravioleta;     
  • transplante de melanócitos;
  • cirurgia (em casos mais graves) para retirar as porções superiores da região afetada. 

Hanseníase (ou lepra): causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ela é uma infecção que, apesar de predominantemente cutânea (e, por isso, provocar manchas brancas ou avermelhadas), pode comprometer a  atividade dos nervos periféricos das regiões acometidas, diminuindo a sensibilidade destas, por exemplo, ao toque, à dor e ao calor. O tratamento, por fim, é feito por meio de antibióticos.  

Pitiríase alba: caracterizada pelo surgimento de manchas brancas descamativas e mal-definidas no tronco, nos braços e na face, é uma condição inofensiva, muito comum em crianças e não possui causa específica. Seu tratamento é feito por meio do uso de filtro solar e da aplicação de hidratantes e emolientes nas regiões afetadas. 

E, por fim: manchas vermelhas: o que podem ser e quando se preocupar?

Na maioria das vezes, as manchas vermelhas na pele indicam problemas comuns como alergias, urticária ou dermatite. No entanto, é claro que elas podem representar problemas sérios, ainda mais quando acompanhadas de outros sintomas como febre, tosse, inchaço etc. Veja, abaixo, os tipos mais comuns desse tipo de coloração na derme.

1. Rash cutâneo (e outras condições)

O rash cutâneo nada mais é que a mancha avermelhada na pele associada a bolhas, pápulas, coceira e, em alguns casos, febre. Também conhecido como exantema, esse quadro pode ser o indicativo de várias condições como, por exemplo:

  • alergia;
  • micose;
  • catapora (varicela);
  • mononucleose (doença do beijo);
  • rubéola;
  • sarampo;
  • dengue/chikungunya/zika;
  • exantema súbito (roséola);
  • herpes zoster (cobreiro);
  • eritema infeccioso;
  • escarlatina;
  • eczema;
  • sarna;
  • dermatite atópica;
  • entre outras.

São outras condições que podem estar associadas ao aparecimento de manchas vermelhas:

  • psoríase;
  • lúpus;
  • rosácea.

O diagnóstico, assim como o tratamento, varia de acordo com cada caso. Sendo assim, caso a vermelhidão não suavize sozinha dentro de alguns dias, procure por um(a) dermatologista. 

2. Câncer de pele

Apesar de também ser uma condição que pode estar relacionada à vermelhidão da pele, resolvemos dar ao câncer de pele um tópico exclusivo. 

Caracterizado pela mutação do DNA das células da pele e o crescimento descontrolado destas, esse é o tipo de tumor maligno mais comum no mundo e pode ser dividido em 3 categorias:

  • carcinoma basocelular (costuma a se desenvolver em regiões da pele que estão mais expostas ao sol e, por atingir as células basais (que ficam na camada inferior da epiderme), forma um nódulo na região.
  • Carcinoma espinocelular (acomete a epiderme, camada mais externa pele, e costuma se manifestar na forma de manchas/caroços avermelhados ou, ainda, de feridas que não se cicatrizam. Aqui, as regiões mais afetadas também são aquelas mais expostas ao sol).  
  • Melanoma (encontrado em qualquer parte do corpo, ele se manifesta na forma de pintas escuras e irregulares que, com o tempo, costumam aumentar de tamanho.

Se você por acaso perceber quaisquer uma dessas alterações, não deixe de procurar pela opinião de um especialista urgentemente, combinado? O diagnóstico da condição, assim como a melhor forma de tratamento para ela, varia de acordo com cada caso.

Ufa!

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