Síndrome do intestino irritável: o que você precisa saber?

Mulher asiática com sentada no sofá com as mão na barriga e o semblante de dor por causa da síndrome do intestino irritável

Também conhecida como cólon irritável ou colite nervosa, a síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio que afeta nosso intestino grosso. Seus principais sintomas incluem cólicas, dores abdominais, inchaço, gases, diarreia e/ou constipação.

É importante ressaltar que a SII faz parte de um grupo de distúrbios gastrointestinais recorrentes denominados dores abdominais funcionais. Todos eles dizem respeito a quaisquer dores e desconfortos frequentes na região do abdômen que não têm uma causa definida. Em outras palavras, é quando eles não são provocados por qualquer anormalidade visível ou detectável.

Causas

Como já explicamos, a causa exata da síndrome do intestino irritável, assim como de qualquer outra dor abdominal funcional, permanece desconhecida. Contudo, alguns fatores parecem estar relacionados à essa condição. São eles:

  • contrações musculares do intestino: ocorrem naturalmente, movendo os alimentos por todo o trato digestivo. Porém, em alguns pacientes, elas costumam ser mais fortes e durarem mais que o normal, causando gases, inchaço e diarreia.
  • anormalidades nos nervos do sistema digestivo: as terminações nervosas intestinais de um paciente com SII tendem a ser mais sensíveis, comunicando a sensação de dor e desconforto a cada movimento realizado durante a digestão.
  • alterações na flora bacteriana (microbiota intestinal).

Sintomas

  • Dor/cólicas: é o sinal mais comum da síndrome do intestino irritável. A dor geralmente se localiza no abdome inferior, mas pode ser difusa. Ela pode diminuir sozinha ou com a ajuda de tratamentos específicos (vamos conversar um pouco sobre eles daqui a pouco).
  • Diarreia: caracterizada por fezes pastosas, aquosas e mucosas.
  • Constipação: embora pareça um pouco estranho e até mesmo contra-intuitivo, a síndrome do intestino irritável também pode provocar constipação. Isso acontece porque a comunicação entre o cérebro e o cólon, nesse quadro, pode ser tanto acelerada (provocando diarreia), quanto reduzida (fazendo com que as fezes percam água e se tornem mais rígidas e difíceis de serem eliminadas)
  • Alternância entre constipação e diarreia: pois é… como se não bastassem os exemplos acima, isso ainda pode acontecer. Tudo depende da forma como os movimentos intestinais acontecem.
  • Gases e inchaço: as alterações provocadas na digestão pela SII podem levar a uma produção maior de gases, causando inchaço e desconforto.
  • Fadiga, dificuldade para dormir e alterações no humor: você com certeza já ouviu que nosso intestino é o segundo cérebro. Isso acontece porque estes dois órgãos são conectados por um eixo, transmitindo informações um ao outro o tempo todo. Logo, qualquer alteração no processo de digestão pode causar mais danos do que se imagina. Para entender isso melhor, é só clicar aqui.

Diagnóstico

Pode ser feito por meio de uma análise dos seguintes fatores: histórico médico do paciente, exames clínicos, laboratoriais e de imagem (ex: colonoscopia), que servem para descartar outras condições.

Depois que todos estes forem realizados e nenhuma outra condição tiver sido encontrada, o médico usará conjuntos de critérios para o diagnóstico para da SII. São eles:

  • Critérios de Roma: incluem uma análise minuciosa das dores abdominais, incluindo sua duração e relações com outros fatores como a frequência de evacuação e a consistência das fezes.
  • Critérios de Tripulação: concentram-se nos níveis de dor de acordo com algumas circunstâncias como a passagem das fezes, a consistência destas etc.

Quanto mais sintomas corresponderem a estes critérios, maior a probabilidade de você ter síndrome do intestino irritável.

E, por fim: existe tratamento para a síndrome do intestino irritável?

O tratamento para a SII tem o objetivo de aliviar os seus sintomas. Para isso, podem ser recomendadas as seguintes alternativas:

  • mudanças no estilo de vida (dieta rica em fibras, beber bastante líquido, praticar exercícios regularmente, gerenciar o estresse, readequação alimentar);
  • medicamentos (laxantes, anti-diarreicos, anticolinérgicos, antiespasmódicos, analgésicos, anti-repressivos ou probióticos).

Vale ressaltar que todas as opções acima variam de acordo com o quadro clínico do paciente.

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde

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