Rubéola na gravidez: riscos para a mãe e o bebê

Mulher gravida sentada na cama com as pernas cruzadas

A rubéola é uma doença infecciosa de causa viral, mais comum em crianças e adultos jovens. Ela causa manchas vermelhas na pele, febre e conjuntivite leve, que duram cerca de uma semana (na maioria dos casos).

O vírus é transmitido pela via respiratória, quando uma pessoa contaminada fala, tosse ou espirra.

O grande perigo desse assunto e, portanto, tema do artigo de hoje, é a rubéola na gravidez. Afinal, se o vírus dessa doença for contraído, especialmente no primeiro trimestre da gestação, existe um risco grande de aborto, morte fetal e defeitos congênitos.

A prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação. No Brasil, não são relatados casos da doença desde 2009.

Transmissão

A transmissão ocorre de uma pessoa para a outra, por meio de gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro. O período de contágio vai de 5 a 7 dias antes do aparecimento do exantema, até 5 a 7 dias depois.

Além disso, uma gestante infectada pode transmitir a doença para o feto. Se o vírus é adquirido nos 3 primeiros meses da gravidez, existe uma chance de 90% de transmissão para o bebê.

Sinais e sintomas da rubéola

Após a infecção, os primeiros sinais surgem em torno de 14 a 21 dias (média de 17 dias).

São eles:

  • manchas vermelhas na pele;
  • febre baixa;
  • dor de cabeça;
  • náuseas;
  • conjuntivite leve;
  • fadiga;
  • aumento dos linfonodos no pescoço, atrás da orelha e na nuca;
  • tosse;
  • nariz escorrendo.

Nas crianças, as manchas vermelhas são comumente o primeiro sinal. Elas surgem no rosto e se espalham pelo resto do corpo, durando em torno de 3 dias. O exantema é geralmente acompanhado por febre baixa e aumento dos linfonodos, mas outros sinais e sintomas podem ocorrer. A doença dura em torno de uma semana.

Os adultos geralmente apresentam quadros leves com febre baixa, dor de garganta e desconforto, seguidos pelo rash cutâneo. A doença nos adultos pode durar mais de 7 dias.

Artrite ocorre em 70% das mulheres acometidas pela doença, porém é rara em homens e crianças. A dor articular pode durar mais de duas semanas.

A rubéola é assintomática em 25 a 50% dos casos.

Complicações

A principal complicação da rubéola ocorre quando a doença é contraída na gestação, especialmente durante o primeiro trimestre.

Podem ocorrer:

  • aborto;
  • morte fetal;
  • síndrome da rubéola congênita.

Síndrome da rubéola congênita

Se uma gestante é infectada pelo vírus da rubéola durante o primeiro trimestre, a infecção fetal pode resultar em anomalias congênitas ou óbito.

Os principais defeitos resultantes da rubéola são:

  • restrição do crescimento uterino;
  • microcefalia;
  • surdez;
  • catarata;
  • retinopatia;
  • defeitos cardíacos;
  • alterações no fígado e baço;
  • alterações no desenvolvimento e aprendizado.

Diagnóstico

O diagnóstico da rubéola é feito por meio de testes laboratoriais que detectam anticorpos contra o vírus.

Algumas doenças com quadro semelhante ao da rubéola e que fazem parte do diagnóstico diferencial são:

  • sarampo;
  • exantema súbito;
  • dengue;
  • enteroviroses;
  • eritema infeccioso;
  • rickettsioses.

Tratamento

Não existe tratamento específico para a rubéola. São utilizados apenas medicamentos para alívio dos sintomas.

Prevenção

Segundo o calendário de vacinação, a vacina Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba) deve ser aplicada aos 12 meses de idade e a segunda dose aos 4 anos.

A vacina contra a rubéola contém o vírus vivo atenuado e, portanto, não pode ser aplicada durante a gestação.

Uma mulher planejando uma gravidez deve fazer a sorologia e, caso esta seja negativa, receber a vacina. Importante: aguardar 4 semanas antes de engravidar.

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde

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