Nevralgia do trigêmeo: tudo sobre a “dor mais insuportável do mundo”

Mulher sentado no sofá com as mãos na mandíbula e a cara de sofrimento. Elas está com a dor mais terrível do mundo, a nevralgia do trigêmeo

A nevralgia do trigêmeo, também conhecida como neuralgia do trigêmeo, síndrome da dor facial paroxística, doença de Fothergill, prosopalgia dolorosa ou tique doloroso (ufa!), é descrita como a dor mais insuportável conhecida pela humanidade.

Ela geralmente envolve a face e a mandíbula, embora às vezes afete a região ao redor do nariz e acima dos olhos. É causada por uma irritação do nervo trigêmeo, responsável por transmitir as sensações que sentimos no rosto para o cérebro.

Embora nem sempre possa ser curada, existem diversos tratamentos disponíveis para aliviar o desconforto provocado pela neuralgia do trigêmeo.

No mais, continue conosco para saber TUDO o que precisa sobre essa condição tão debilitante.

Um pouco sobre o nervo trigêmeo

O nervo trigêmeo é o quinto dos 12 pares de nervos cranianos que possuímos. Na verdade, existem dois nervos trigêmeos, um de cada lado da cabeça, e eles são responsáveis pela sensibilidade da face.

Cada um desses nervos se divide em três ramos distintos: o nervo oftálmico, o maxilar e o mandibular. O primeiro controla a sensação nos olhos, nas pálpebras superiores e na testa. O segundo controla a sensação da pálpebra inferior, bochecha, narina, lábio superior e gengiva superior. O terceiro, por fim, controla as sensações na mandíbula, lábio inferior, gengiva inferior e alguns dos músculos usados ​​para a mastigação.

É possível ter neuralgia do trigêmeo em qualquer uma, ou até mesmo em todas as ramificações citadas.

Causas

A nevralgia do trigêmeo é geralmente provocada pelo contato de um vaso sanguíneo – uma artéria ou uma veia – com o nervo trigêmeo. Essa pressão faz com que o nervo transmita ao cérebro sinais de dor.

Outras causas de neuralgia do trigêmeo são:

  • Esclerose múltipla: a doença causa perda da bainha de mielina, camada que reveste os nervos. A neuralgia do trigêmeo pode ocorrer. tipicamente em casos mais avançados da doença.
  • tumores que causam pressão sobre o nervo trigêmio.
  • lesão do nervo por AVC, trauma, cirurgia, tratamento dentário ou infecção;

Quais são os sintomas da neuralgia do trigêmeo?

Eles podem incluir um ou mais destes seguintes padrões:

  • episódios de dor intensa, semelhantes a choques elétricos;
  • ataques espontâneos de dor, ou desencadeados por coisas como tocar o rosto, maquiar-se, mastigar, falar ou escovar os dentes;
  • surtos de dor que duram de alguns segundos a vários minutos;
  • episódios de dor com duração de dias, semanas e até mesmo meses (intercalados, ou não, com períodos sem dor alguma);
  • dor constante e ardente;
  • dor nas áreas supridas pelo nervo trigêmeo, incluindo bochecha, mandíbula, gengivas, lábios ou, menos frequentemente, olhos e testa;
  • dor que afeta um lado da face de cada vez, embora raramente possa afetar os dois lados;
  • dor focada em um ponto, ou mais ampla;
  • ataques que se tornam mais frequentes e intensos ao longo do tempo.

Como a neuralgia do trigêmeo é diagnosticada?

Não existe um teste único e específico que seja capaz de diagnosticar a nevralgia do trigêmeo. Tudo dependerá do tipo e localização da dor e dos fatores que a desencadeiam.

Portanto, o médico primeiro avaliará o histórico da dor e realizará uma série de exames físicos. Estes incluem, inclusive, técnicas para determinar qual parte do nervo trigêmeo está sendo afetada.

Em seguida, alguns testes podem ser solicitados para descartar outras condições com sintomas semelhantes, como cefaleia em salvas ou neuralgia pós-herpética.

Por fim, uma ressonância magnética da cabeça pode ser solicitada para ajudar o profissional a determinar se a causa da dor está relacionada à esclerose múltipla ou um AVC.

Afinal: qual o tratamento para a neuralgia do trigêmeo?

  • O tratamento inicial para a neuralgia do trigêmio utiliza medicamentos como:
  • carbamazepina;
  • fenitoína;
  • gabapentina;
  • topiramato;
  • ácido valpróico.

A má notícia é que, com o tempo, alguns pacientes podem parar de responder aos medicamentos, ou começar a ter efeitos colaterais desagradáveis por causa deles.

Nestes casos, existem outros tratamentos disponíveis, como:

  • injeção de álcool nas áreas dolorosas da face: o álcool anestesia as áreas dolorosas e obtém alívio da dor.
  • cirurgia para descompressão vascular: a cirurgia remove ou reposiciona o vaso que está comprimindo o nervo trigêmio.
  • rizotomia sensorial parcial: lesão cirúrgica do nervo para interromper a transmissão dos impulsos dolorosos.
  • rizotomia percutânea com glicerol: injeção de glicerol diretamente no nervo trigêmio, bloqueando os sinais de dor.
  • compressão percutânea por balão: compressão do nervo por um balão injetado por meio de uma agulha e inflado próximo a ele, bloqueando os sinais dolorosos.
  • rizotomia térmica percutânea estereotáxica por radiofrequência: o procedimento usa correntes elétricas para destruir fibras nervosas selecionadas.
  • radiocirurgia: raios gama são direcionados na raiz no nervo trigêmeo para danificá-lo e reduzir a transmissão dos impulsos dolorosos.

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde!

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