Câncer: quais as melhores estratégias para vencer a dor?

Duas mulheres, uma saudável e outra com câncer, sentadas e abraçadas em um sofá olhando sorridentes para um tablet

Ter câncer não significa, necessariamente, que você sentirá muitas dores ao longo do tratamento. Contudo, infelizmente, é preciso ter em mente que a maioria das pessoas com essa doença experimentará desconforto em algum momento ou outro.

Ocorre que, de acordo com o UChicago Medicine, cerca de 50% dos casos de câncer vêm acompanhados de dor. Ela pode resultar do próprio tumor, do tratamento ou até mesmo permanecer após a cura ou remissão (que é quando a doença não apresenta mais sinais de atividade no organismo).

Além disso, é impossível prever, exatamente, o tipo de dor que o paciente vai sentir, e se ele vai senti-la. Porém, é importante saber quais são as suas opções para passar pelo tratamento da melhor forma possível.

Por isso, hoje, nosso bate-papo será sobre as causas dessas dores, com elas acontecem e, claro, como lidar com elas. Vamos lá?

Ah, um detalhe: A função desse texto é te educar sobre um assunto importante, e te orientar sobre os próximos passos a serem tomados. Porém, NADA substitui a importância de seguir os conselhos do SEU médico, combinado?

Afinal: quais são as possíveis causas para a dor em pacientes com câncer?

Os motivos para a dor oncológica podem ser vários e, até mesmo, atuarem concomitantemente. Suas possíveis causas são:

  • exames para detectar o câncer: alguns métodos usados ​​para diagnosticar essa doença podem causar bastante desconforto e dor. São alguns exemplos: biópsias, punções etc;
  • próprio tumor: ao crescer, um tumor pode pressionar nervos, ossos ou órgãos próximos, e ainda destruir os tecidos circundantes. Além disso, ele ainda pode liberar substâncias químicas que causam dor;
  • tratamento: a reação do corpo aos produtos químicos utilizados na quimioterapia, por exemplo, ou presentes em outros remédios destinados ao tratamento do câncer, pode ser de dor. Além disso, outros métodos de controle da doença. como cirurgia ou radioterapia, também podem causar desconforto ao paciente.

Vale ressaltar que os tipos e níveis da dor do câncer variam de paciente para paciente, podendo depender do tipo da doença, seu estágio e extensão, sua variação (leve, forte, ocasional ou constante) e, por último, da tolerância do paciente à ela.

Medicamentos/métodos usados ​​para o controle da dor do câncer

Os tratamentos para cada tipo e estágio do câncer variam e, por isso, podem incluir uma ou mais das seguintes abordagens para controlar a dor do paciente:

1. Analgésicos

Analgésicos, antiinflamatórios e opióides podem ser grandes aliados no controle da dor do câncer. A escolha vai depender do nível do desconforto do paciente.

Porém, mesmo que haja inúmeras opções de medicamentos que não exigem prescrição médica no mercado, os pacientes devem consultar o especialista antes de usar qualquer um deles, principalmente se estiverem fazendo quimioterapia.

Além disso, é importante saber que alguns medicamentos são tomados via oral, outros por injeção e até mesmo absorvidos por meio de supositórios ou adesivos. Portanto, sempre siga as orientações do médico, que dará a melhor e mais confortável opção para o seu caso.

2. Antidepressivos, medicamentos anti-convulsivos e esteróides

Certos antidepressivos são usados ​​para aliviar a dor do câncer, mesmo que o paciente em questão não esteja deprimido. Os exemplos mais usados para essa finalidade são o cloridrato de amitriptilina, nortriptilina e cloridrato de duloxetina.

Além disso, podem ser usados anticonvulsivantes (gabapentina e carbamazepina) para controlar alguns possíveis sintomas do câncer como queimação e formigamento.

Por fim, outros medicamentos como os corticosteróides, por exemplo, podem ser usados para diminuir a inflamação provocada pelo tumor.

3. Procedimentos para tratar a dor

Paralelamente à medicação, existem outras opções para controle da dor oncológica. Esses procedimentos geralmente são realizados na clínica da dor:

Bloqueio nervoso: um anestésico local ou antiinflamatório é injetado próximo ao nervo e impede que os estímulos de dor cheguem ao cérebro. O procedimento tem ótimos resultados no tratamento de dores intensas e os resultados duram algumas semanas.

Ablação por radiofrequência: muito utilizada em dores relacionadas à coluna vertebral, a radiofrequência é aplicada diretamente no nervo, por meio de uma agulha. Dessa forma, o nervo é “desligado” e os sinais de dor não conseguem chegar ao cérebro. O resultado dura entre 6 meses e um ano e o procedimento pode ser repetido, se necessário.

Terapia por ondas de choque: nessa técnica, pequenas ondas são aplicadas diretamente na região da dor, por meio de um equipamento específico. É um procedimento muito utilizado em pacientes com dores após quimio ou radioterapia.

4. Intervenções holísticas

Terapias utilizadas na medicina integrativa podem ser aplicados no controle da dor do câncer: acupuntura, massoterapia, meditação e yoga são alguns exemplos.

Enfim…

A dor durante o tratamento do câncer, apesar de não ocorrer em todo mundo, é bastante provável. Infelizmente, faz parte do processo. Porém, isso não quer dizer que você está fadado a sofrer durante o tratamento.

Não hesite em dizer ao seu médico coisas do tipo: “estou sentindo muita dor”, “não tenho dinheiro para comprar esse tipo específico de remédio” ou “não estou respondendo bem a esse medicamento como esperei”. O objetivo do especialista, além de tratar sua doença, é fazer isso com o máximo possível de conforto.

A dor do câncer pode ser controlada e isso faz parte do tratamento. Peça ajuda!

E aí, esse texto foi útil para você? Saiba que, para ficar por dentro de mais assuntos como este, é só acessar o nosso Blog sempre que quiser!

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde!

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