Repelente infantil: como proteger seu filho dos insetos corretamente?

Pai jogando repelente contra picada de mosquitos nas pernas do seu filho no jardim

2020 começou e, junto a ele, a temporada de mosquitos! Mesmo que a maioria das crianças tenha apenas reações leves a eles, uma parcela significativa delas pode ficar muito doente quando exposta a bichinhos como pernilongos, carrapatos, abelhas etc. É por isso que, hoje, nosso bate-papo será sobre repelente infantil!

Muitos de nós se preocupa com doenças como a dengue, febre amarela e chikungunya (e com razão!), mas se esquece de outras como:

  • a febre do nilo ocidental (transmitida por mosquitos do gênero Culex);
  • a febre maculosa (transmitida por carrapatos);
  • a doença de lyme (também transmitida por carrapatos);
  • malária (transmitida por mosquitos do gênero Anopheles);
  • entre outras.

A boa notícia é que, uma das alternativas mais seguras para afastar os agentes transmissores dessas doenças é o repelente para insetos! Ele vem em várias formas, e as mais comuns são em creme, spray, dispositivos próprios para tomadas e palitinhos aromatizadores.

Porém, com exceção das alternativas naturais, todos eles possuem substâncias químicas tóxicas e, por isso, precisam ser administrados com cautela.

Bem, sorte que estamos aqui! Continue conosco para entender como fazer dos repelentes infantis fortes aliados contra os insetos e, claro, proteger seus filhos deles da forma correta!

Como os repelentes funcionam?

Os mosquitos são atraídos pelo cheiro de uma série de compostos químicos que nós, seres humanos, produzimos. São alguns deles: o ácido lático e 1-octen-3-ol, ambos produzidos pelo nosso metabolismo e exalados por meio da transpiração.

Dessa forma, a maioria dos repelentes bloqueia o olfato do mosquito, impedindo-o de encontrar seu alvo. É assim que substâncias como a icaridina e o DEET funcionam (não se preocupe, já já vamos falar sobre elas).

Porém, como nosso corpo produz cerca de 300 substâncias químicas diferentes, é praticamente impossível saber quais delas são as que, de fato, atraem os mosquitos. É por isso que a única proteção absolutamente segura é a barreira física, como telas de proteção nas janelas e mosquiteiros sobre as camas.

O repelente infantil

Ele funciona da mesma forma que os repelentes normais. O que muda, aqui, é a concentração dos compostos neles encontrados. Para crianças de 6 meses até 2 anos, o ideal é que o produto tenha o IR3535 como ativo principal. Depois dessa fase, o repelente infantil já possui uma parcela de DEET em sua composição, porém, em pequena quantidade.

Você deve estar se perguntando: caramba, o que é IR3535 e DEET? Pois bem, aí vai a resposta: ambos são os tipos mais comuns de repelentes que existem no mercado, e é deles que vamos falar agora!

Os tipos de repelentes

1. DEET

O DEET (N,N-Dietil-m-toluamida) é, há muito tempo, um dos repelentes de insetos mais comuns e eficazes do mercado. Ele afeta os receptores e neurônios dos mosquitos, impedindo-os de detectar o nosso cheiro (mais especificamente, do ácido láctico e do dióxido de carbono, ambos produzidos e exalados pelo nosso corpo).

Por não deixar de ser uma substância tóxica, o DEET pode se mostrar “mais agressivo” em crianças. Logo, o mais indicado é procurar por um repelente infantil que tenha baixas concentrações desse composto.

Aí vai uma relação de nível de concentração/duração da ação de um repelente com DEET como ativo principal:

  • 6,65% de DEET = 2 horas de proteção;
  • 20% de DEET = 4 horas de proteção;
  • 23,8% de DEET = 5 horas de proteção.

Cuidados gerais com o DEET:

Como já explicamos, o DEET só deve ser utilizado em crianças que possuem mais de 2 anos e, mesmo assim, em baixas quantidades.

Além disso, é importante saber que ele nunca deve entrar em contato com olhos, boca e mucosas dos pequenos, e muito menos ser ingerido por eles. Por isso, mantenha-o longe do alcance dos seus filhos.

Por fim, nunca deixe de ler o rótulo do repelente infantil e seguir suas instruções à risca. Em caso de dúvidas, não hesite em procurar pela recomendação de um pediatra de confiança.

2. IR3535

O IR3535 (Ethyl butylacetylaminopropionate) é um ativo bastante versátil, pois age contra mosquitos, carrapatos, piolhos e moscas.

Possui baixo risco de efeitos colaterais, alergias e intoxicações e, por isso, é um dos poucos repelentes indicados para crianças de 6 meses a 2 anos de idade.

Seu tempo de ação, de acordo com a concentração, varia de 4 a 8 horas. Por isso, consulte o pediatra para saber qual é a melhor opção do mercado com o ativo IR3535 para a idade e condição do seu pequeno.

3. Icaridina (Picaridina ou KBR 3023)

É o tipo de repelente mais potente, e mais recomendado pela Organização Mundial de Saúde. O motivo? Bem, ele é capaz de durar até 12 horas na pele (dependendo do clima e nível de sudorese da criança) e, por isso, necessita de menos aplicações.

Isso, além de mais prático, é essencial para a saúde do pequeno. Afinal, quanto menos vezes você precisar renovar o repelente infantil, melhor, pois há um risco menor de alergias e intoxicações.

4. Repelentes naturais

Uma alternativa ao repelente infantil comercializado são as receitas naturais. Para se ter ideia, é possível adquirir, ou fazer em casa, repelentes que possuam em sua composição óleos essenciais de plantas como citronela, eucalipto, capim-limão e hortelã-pimenta.

Porém, cuidado: certos óleos essenciais também podem manchar a pele quando expostos ao sol, ou irritá-la. Por isso, nunca deixe de procurar pelas orientações de um pediatra, combinado?

E, por fim, dicas extras de como usar o repelente infantil

  • Leia o rótulo do repelente e siga todas as suas instruções e precauções;
  • pulverize os repelentes em áreas abertas para evitar a inalação destes;
  • use apenas o suficiente para cobrir as áreas do corpo expostas e somente pelo tempo necessário;
  • ajude o pequeno a aplicar o repelente, e procure evitar que ele faça isso sozinho;
  • não aplique repelentes sob a roupa do pequeno, e muito menos em regiões como as mãos, boca, perto dos olhos ou sobre cortes e irritações;
  • não faça a aplicação perto de comidas, e lave bem as mãos antes de entrar em contato com elas;
  • quando levar os pequenos para dentro de casa, lave o repelente do corpo deles e certifique-se de que o lugar está livre de bichinhos nocivos à saúde deles;
  • evite renovar o repelente infantil mais de uma vez por dia, a menos que seja extremamente necessário, como em caso de viagens a sítios, fazendas ou regiões com altas concentrações de insetos;
  • evite combinar o protetor solar com o repelente de insetos, pois as instruções de aplicação de ambos são diferentes e, dependendo do caso, um pode acabar atrapalhando a ação do outro;
  • se for preciso aplicar o protetor solar junto ao repelente, o ideal é começar com o protetor solar de FPS alto, e depois partir para o repelente infantil de insetos;
  • não se esqueça das outras formas de manter os insetos longe dos seus filhos. Afinal, elas são as mais eficazes e saudáveis. Além de usar e abusar de telas protetoras e mosquiteiros, procure vestir seus filhos com roupas finas e largas de manga longa, incentive-os a usarem meias e dê a eles sabonetes poucos perfumados para a hora do banho.

E aí, esse texto foi útil para você? Saiba que, para ficar por dentro de mais assuntos como este, é só acessar o nosso Blog sempre que quiser!

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde!

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