O que você precisa saber sobre a fratura do escafóide

Médico enfaixando braço de um homem devido a fratura do escafóide

A fratura do escafóide (navicular) é uma lesão em um dos oito pequenos ossos que formam o pulso, também conhecidos como ossos do carpo. Estes, por sua vez, se encaixam entre o antebraço e a mão, e o escafóide fica abaixo do polegar.

Por causa de sua posição, o escafóide é o osso mais comumente quebrado do pulso, e esse tipo de fratura ocorre, geralmente, após uma queda sobre as mãos estendidas.

Ao contrário dos ossos do antebraço, das mãos e dos dedos, as lesões do escafóide quase nunca provocam qualquer tipo de deformidade evidente no pulso. Isso é perigoso porque, normalmente, uma ausência de sinais mais bruscos nessa região pode adiar o diagnóstico por semanas. Afinal, é comum que o paciente acredite que o que houve em seu punho foi apenas uma entorse.

Devido a isso, as recomendações de tratamento para esse tipo de lesão podem variar e, às vezes, incluir até mesmo uma cirurgia.

Causas e sintomas

A fratura do escafóide, como já explicamos, geralmente resulta de uma queda sobre as mãos estendidas, e causa bastante sensibilidade na região onde se localiza. A dor costuma piorar quando a pessoa tenta movimentar o polegar, ou agarrar alguma coisa.

Esse desconforto inicial pode perdurar por semanas e, normalmente, não apresenta hematomas ou inchaço, tornando-se bastante confundido com uma torção normal, adiando a consulta ao médico.

Quando essa lesão é reconhecida pelo profissional, para se ter ideia, o tratamento começa imediatamente. Porém, como a maioria dos pacientes acredita que ela provavelmente vai se curar sozinha, em alguns casos o osso escafóide não cicatriza, desenvolvendo uma condição chamada “não-união”.

Sobre a “não-união”

Uma não-união ocorre quando um osso quebrado não se cura.

Os ossos do corpo humano têm uma tremenda capacidade de se curar e, com o tratamento adequado, a maioria das fraturas cicatrizam sem complicações. No entanto, alguns ossos fraturados têm dificuldade em cicatrizar. Quando um osso demora a se curar, chamamos isso de “união atrasada”. Quando um osso não cicatriza, chamamos isso de “não-união”.

A fratura do osso escafóide tem cura?

O tratamento recomendado dependerá de vários fatores, incluindo:

  • a localização da quebra no osso escafóide;
  • se os fragmentos ósseos estão deslocados;
  • há quanto tempo a lesão ocorreu.

Tratamentos não cirúrgicos

Fratura perto do polegar

Fraturas do escafóide que estão mais próximas do polegar geralmente se curam em questão de semanas, e apenas com proteção adequada e atividades restritas. Isso ocorre porque essa parte do osso escafóide tem um bom suprimento sanguíneo, o que é excelente para o processo de cura.

Para este tipo de fratura, o profissional ainda pode envolver o antebraço e a mão em um molde, ou uma tala. O tempo de cura varia de paciente para paciente.

Fratura perto do antebraço

Se o escafóide estiver quebrado no meio, ou próximo ao antebraço, a cura pode ser mais difícil. Afinal, essas áreas não têm um suprimento sanguíneo muito bom.

A melhor alternativa para se tratar esse tipo de fratura é com um gesso que inclua o polegar e se estenda até o cotovelo, estabilizando bem a fratura.

Estimulador ósseo

Em alguns casos, o ortopedista pode recomendar o uso de um estimulador ósseo para auxiliar na recuperação da fratura. Este pequeno dispositivo fornece ondas eletromagnéticas ultrassônicas, ou pulsadas, de baixa intensidade e capazes de estimular o processo de cura do osso.

Tratamentos cirúrgicos

Se o osso escafóide se romper, ou se os seus pedaços forem deslocados, o médico pode recomendar uma cirurgia. O objetivo da cirurgia é realinhar e estabilizar a fratura, dando a ela uma chance melhor de cicatrização.

Redução

Durante este procedimento, o profissional, após a administração de um anestésico, manipula o osso de volta à sua posição correta. Em alguns casos, isso é feito usando uma incisão limitada e instrumentos especiais guiados.

Fixação interna

Durante este procedimento, implantes de metal – incluindo parafusos e/ou fios – são usados ​​para manter o escafóide no lugar até que o osso esteja completamente curado.

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde

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