Você sabia que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, ficando atrás apenas para o câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Também de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, ele é responsável por cerca de 71 mil incidências por ano no Brasil. Isso está de acordo, inclusive, com outro dado importante: metade da população masculina do nosso país nunca foi a um urologista, seja por medo ou tabu.
Pensando nisso, preparamos esse texto com tudo o que você precisa saber sobre esse assunto. Vamos lá?
Um pouco sobre a próstata e o câncer
A próstata é um órgão essencialmente masculino e localizado entre a parte inferior da bexiga e a pélvis. Ela possui o tamanho de uma noz e pode ser sentida durante o exame de toque, principalmente por se situar logo após o fim do intestino.
O câncer de próstata é um tumor silencioso que pode surgir em qualquer parte deste órgão. Ele pode se espalhar para outras regiões do corpo, principalmente quando é diagnosticado de forma tardia.
Sintomas
Geralmente, o câncer de próstata não provoca sintomas em seus primeiros estágios. É por isso que os exames de rotina são tão importantes para o tratamento precoce dessa doença.
No mais, em fases mais avançadas, o tumor costuma provocar sinais e sintomas como, por exemplo:
- dor/desconforto ao urinar;
- dor/desconforto ao ejacular;
- dificuldade para expelir a urina;
- urina em jatos fracos/interrompidos;
- vontade de ir ao banheiro com mais frequência;
- presença de sangue na urina e/ou sêmen;
- dores na lombar e/ou pelve.
Causas e fatores de risco
Como na maioria das doenças oncológicas, existem fatores genéticos relacionados ao câncer de próstata . Além disso, foi estabelecida associação com:
- histórico familiar para câncer de próstata (quando tem algum familiar com câncer de próstata o rastreio deve começar antes, com 45 anos);
- idade (é mais comum em homens de 60 anos ou mais);
- tabagismo;
- alimentação rica em carne vermelha e laticínios com alto teor de gordura.
Além disso, vale ressaltar que alguns fatores de risco gerais, ou seja, que são comuns a praticamente todos os tipos de câncer, devem ser observados e considerados. São eles: sedentarismo, obesidade, estresse e outros hábitos de vida pouco saudáveis.
Afinal: como saber se estou com câncer de próstata?
O diagnóstico do câncer de próstata é feito por meio de dois exames essenciais:
- toque retal: avalia a textura, tamanho, formato da próstata e detecta a presença de nódulos.
- PSA: exame de sangue que identifica as concentrações de antígenos prostáticos específicos.
A título de curiosidade, o aumento dos níveis de PSA nem sempre é indicativo de câncer de próstata. Ele ocorre também em infecções, inflamações e na hiperplasia benigna.
Caso o exame de toque e/ou o PSA estejam alterados, o especialista pode solicitar outros testes como, por exemplo:
- biópsia;
- ressonância magnética;
- ultrassonografia.
Por fim, após a detecção do câncer, é feito o estadiamento, que termina a localização e estágio do tumor de acordo com os seguintes critérios:
- tamanho;
- presença de nódulos;
- acometimento dos linfonodos ou gânglios linfáticos locais;
- nível do PSA;
- graduação na escala de Gleason;
- presença de metástase.
Tratamento
O tratamento para o câncer de próstata depende do estágio e de outras características individuais do paciente. Podem ser utilizados individualmente ou em associação:
- radioterapia;
- braquiterapia;
- cirurgia;
- cirurgia robótica (redução das morbidades relacionadas ao procedimento);
- vigilância ativa;
- ultrassom de alta frequência localizado na próstata (HIFU).
E, por fim: é possível prevenir o câncer de próstata?
A melhor forma de lutar contra o câncer de próstata é cultivar hábitos de vida saudáveis, evitar o tabagismo, a obesidade e manter as consultas de rotina em dia. Isso significa que todos os homens, a partir dos 45 – 50 anos, devem fazer uma consulta inicial com o urologista.