Glaucoma: o que é, sintomas e tratamento

Oftalmologista mulher atendendo paciente idoso. Eles estão se olhando e ela está com um papel do resultado do exame. Atrás deles tem o aparelho do exame com a anatomia de um olho na tela. Esse senhor está com suspeita de glaucoma, por isso foi se consultar.

O glaucoma, doença ocular silenciosa e extremamente perigosa para a saúde da visão, diz respeito a uma lesão do nervo óptico que, muitas vezes, ocorre devido ao aumento da pressão ocular. 

Quando não tratada precocemente, essa condição pode causar cegueira irreversível e, por isso, decidimos separar o bate-papo de hoje para conversarmos sobre ela.

Para saber todos os detalhes sobre o glaucoma, desde suas causas, sintomas e tipos até o seu diagnóstico/tratamento, continue conosco. 

Do começo: o que é o glaucoma e quais são suas causas?

O glaucoma é uma doença que afeta o nervo óptico e, por isso, pode levar à perda de campo visual ou até mesmo à cegueira. Antes de continuarmos, no entanto, é interessante sabermos um pouco mais sobre a anatomia dos olhos. Dessa forma, fica mais fácil entender como essa condição se comporta. 

Na porção anterior dos olhos, existe um fluido transparente chamado humor aquoso. Produzido pelo corpo ciliar (localizado atrás da íris), sua função é nutrir o cristalino e as córneas, e regular a pressão interna dos olhos. Para isso, ele circula pelas câmaras anteriores e posteriores de ambas as estruturas e, depois, é drenado para fora através do trabeculado e do canal de Shlemm (posicionados entre a córnea e a íris).  

Quando a etapa da drenagem é dificultada por algum motivo, o humor aquoso se acumula dentro dos olhos, aumentando a pressão destes. Esse evento, a longo prazo, faz com que as fibras do nervo óptico sejam lesionadas, iniciando um processo progressivo de perda de visão.

Vale ressaltar, no entanto, que o glaucoma é um pouco mais complexo do que apenas “o aumento da pressão interna dos olhos”. Para se ter ideia, existem casos em que o paciente apresenta alterações típicas dessa doença e, mesmo assim, apresenta valores normais de pressão ocular. 

Portanto, é importante reforçarmos que esse não é o único fator de risco para o glaucoma, contudo, é o maior deles. Entre as demais causas, podemos citar: 

  • o histórico familiar para a doença;
  • a idade (pessoas com mais de 60 anos têm maior risco para essa doença);
  • certos problemas de saúde como, por exemplo, diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Sintomas

O glaucoma costuma ser assintomático nas fases iniciais. No entanto, à medida que a doença progride, a pessoa pode começar a apresentar os seguintes sintomas:

  • visão turva ou embaçada;
  • dor ocular;
  • halos (círculos difusos/brilhantes) ao redor das luzes;
  • vermelhidão nos olhos;
  • visão periférica reduzida;
  • perda progressiva da visão.

Diagnóstico

Realizado pelo oftalmologista, o diagnóstico do glaucoma é feito por meio de uma série de exames que avaliam a pressão intraocular, a estrutura do nervo óptico e a perda do campo visual. Os mais comuns a serem realizados incluem: 

  • tonometria: mede a pressão intraocular;
  • gonioscopia: avalia a angulação da câmara anterior do olho;
  • paquimetria: mede a espessura da córnea;
  • campimetria: avalia a perda de campo visual;
  • tomografia de coerência óptica (OCT): avalia a estrutura do nervo óptico.

Tratamento

O tratamento do glaucoma pode incluir o uso de colírios, medicamentos orais, laser ou cirurgia. Tudo depende da gravidade da doença. O objetivo, aqui, é reduzir a pressão intraocular e preservar a visão. Por isso, é de extrema importância que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível para evitar a progressão da doença.

Além disso, é importante destacar que, apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 60 anos, essa doença pode afetar pessoas de todas as idades, raças e gêneros. Portanto, é fundamental estar atento aos seus sinais e sintomas e buscar por ajuda médica sempre que necessário. Não espere a perda da visão para agir, prevenir é sempre a melhor opção!

Por fim, não se esqueça de que o glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado. Siga as recomendações médicas, faça o tratamento adequadamente e mantenha o acompanhamento regular com o oftalmologista para garantir a saúde dos seus olhos.

Ufa!

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