A artrose é uma doença crônica das articulações, geralmente localizada nas mãos, joelhos, quadril ou coluna vertebral.
Ela causa dor, inchaço, rigidez e dificulta a realização de movimentos normais como, por exemplo fechar a mão, subir escadas ou até mesmo caminhar.
A estimativa é que mais de 15 milhões de brasileiros sofram com essa doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população mundial acima de 65 anos apresentam artrose como condição. Porém, jovens adultos também podem sofrer dessa enfermidade.
Neste artigo, você vai saber tudo sobre artrose, seus sintomas, como é feito o diagnóstico, tratamento, prevenção e muito mais!
O que é artrose?
Como já adiantamos, a artrose é uma condição que afeta as articulações e também pode ser conhecida como osteoartrose. Ela é considerada a quarta principal causa da redução da qualidade de vida de inúmeras pessoas, uma vez que é acompanhada por dores e inchaços.
Por sim, ela nada mais é que o processo de degeneração da cartilagem das articulações.
Tipos de artrose
A artrose é dividida em dois tipos, de acordo com a causa:
- Artrose primária: manifesta em decorrência do uso excessivo das articulações. É muito comum ocorrer devido ao envelhecimento. Pode contar com danos à cartilagem e degeneração do líquido e da membrana sinovial.
- Artrose secundária: aparece como consequência de outras doenças como obesidade, gota, casos de diabetes ou traumas.
Artrose é o mesmo que artrite?
Artrite é um termo geral usado para descrever vários quadros de inflamação articular.
A artrose é, na verdade, um tipo de artrite também conhecido como osteoartrite (OA).
Porém, ter artrite não significa, necessariamente, também ter artrose. Enquanto a primeira é decorrente de inflamações e muito comum em doenças autoimunes, a segunda é a degeneração da articulação que pode, ou não, estar vinculada a uma inflamação.
Quem está mais propício a adquirir artrose?
Muitas vezes, existe uma predisposição hereditária à artrose. Além disso, alguns outros fatores de risco são conhecidos. São eles:
- idade acima de 50 anos;
- sexo: afeta principalmente mulheres;
- menopausa: a diminuição dos níveis de estrogênio que ocorre com a chegada da menopausa é também um dos fatores de risco para desenvolvimento da artrose;
- profissões ou esportes que sobrecarregam as articulações;
- sedentarismo;
- excesso de peso: não parece participar do desenvolvimento da artrose, mas pode agravá-la em certas articulações, como os joelhos e os quadris;
- trauma: fraturas e lesões podem ser um fator desencadeante;
- deformidades articulares (joelho para fora ou para dentro).
Sintomas e sinais: será que você tem artrose?
As queixas mais comuns entre os pacientes com artrose são:
- dor ao movimentar a articulação;
- rigidez ao acordar ou após um período sem movimentar a articulação;
- inchaço e sensibilidade à palpação;
- redução da flexibilidade da articulação afetada;
- sensação que os ossos estão raspando um no outro;
- esporões: pequenas espículas ósseas que crescem nas articulações afetadas.
Ao observar alguns desses sintomas, é importante procurar um médico para que seja feito o diagnóstico corretamente. Afinal, esses sintomas também podem corresponder a outras doenças e condições e apenas uma avaliação clínica.
Como é feito o diagnóstico da artrose?
O reumatologista é o especialista capaz de dizer se o paciente tem artrose ou não. O diagnóstico é confirmado por exames físicos, de imagem (principalmente das articulações) e de sangue.
Durante o exame físico, o médico examinará as regiões onde o paciente sente dores, observando vermelhidão, inchaço e sensibilidade do local. Outro ponto a ser verificado é a amplitude do movimento.
Entre os exames de imagem que podem ser solicitados, está o raio-x. A articulação não aparece neste exame, mas seu desgaste é observado a partir do espaço entre os ossos, caso estejam estreitos.
Pode ser preciso fazer, também, uma ressonância magnética. A partir deste exame, o médico obtém imagens detalhadas dos ossos e cartilagens, podendo, assim, identificar o causador da dor.
Já os exames de sangue são capazes de excluir outras possíveis causas, como a artrite reumatoide.
Quais são as complicações da artrose?
Com a evolução da artrose, o paciente pode ter dificuldade em desenvolver atividades rotineiras como limpar a casa, cozinhar ou até mesmo realizar a higienize pessoal.
Caso não seja tratada, a artrose pode reduzir consideravelmente a capacidade de andar.
Artrose tem cura?
Não há cura para a artrose. Seu tratamento visa melhorar os sintomas de dor, rigidez e inchaço. As alternativas mais utilizadas para amenizar o caso são:
- medicação anti-inflamatória;
- fisioterapia para reforçar e estabilizar as articulações e melhorar a mobilidade e a flexibilidade;
- terapia ocupacional;
- injeções de cortisona e ácido hialurônico;
- cirurgia, em alguns casos como realinhamento de ossos e substituição da articulação.
Como preveni-la?
Existem três fatores principais para prevenir a artrose:
- dieta balanceada;
- manter um peso saudável, evitando a obesidade;
- exercício físico: o movimento aumenta a produção de líquido sinovial, que lubrifica a articulação.
Como amenizar os sintomas?
Além do acompanhamento com um reumatologista e seguir os tratamentos indicados, há algumas mudanças diárias que podem amenizar os sintomas. São elas:
- Evitar ficar na mesma posição por muito tempo, buscando se movimentar a cada meia hora, alongando mãos, braços, pernas e pés.
- Diminuir situações que possam resultar em quedas, como subir e descer muitas escadas, ter tapetes espalhados pela casa ou o uso de sabonetes em barra que possam cair durante o banho. Da mesma forma, conte com corrimãos e barras de apoio em casa.
- Repouse sempre que necessário, principalmente após executar atividades que causam impacto nas articulações.
- Acupuntura, Ioga e pilates são práticas que ajudam na redução das dores e inchaços.
- Se recomendado, use corretamente bengalas e andadores, eles darão mais mobilidade ao seu dia a dia.
- Observe sua alimentação, alguns alimentos, como açúcar, fazem com que haja mais atividade inflamatória no organismo, o que pode contribuir para o aumento de dores.
No mais, aceite a ajuda das pessoas sempre que necessário. Com o agravamento da doença, sua rede de apoio fará toda a diferença.
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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde