Dezembro laranja: tudo sobre o câncer de pele

Médica segurando um laço laranja sob a pele de um homem que tem uma mancha que pode ser câncer de pele

Ah, o fim de ano… Dezembro finalmente chegou e, com ele, uma série de coisas boas como: o verão, a chegada de um novo ano (porque, convenhamos, ninguém suporta 2020 mais), as férias e, claro, muita piscina/mar!

Porém, para que possamos aproveitar cada um desses detalhes com tranquilidade e segurança, precisamos nos proteger de um elemento fundamental e extremamente recorrente nessa época do ano: o sol.

Pensando nisso e, claro, aproveitando a temática do Dezembro Laranja, resolvemos separar o artigo de hoje para conversarmos sobre o câncer de pele e suas principais formas de prevenção. Vamos lá?

Dezembro Laranja?

Sim. A Sociedade Brasileira de Dermatologia, há 6 anos, dedica o mês de dezembro à conscientização e prevenção do câncer de pele. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), são registrados 185 mil novos casos dessa doença POR ANO e, portanto, a discussão sobre ela nunca se fez tão necessária.

Em 2020, o tema de campanha diz respeito ao fato de que essa doença não deve ser subestimada e, portanto, é preciso preveni-la desde a infância/adolescência. Para saber como fazer isso, inclusive, basta continuar conosco!

Afinal: o que é o câncer de pele?

O câncer de pele é um dos tipos de malignidade mais comuns do mundo. Ele ocorre quando mutações no DNA das células da pele resultam em um crescimento descontrolado.

Tipos

O tipo do câncer de pele é determinado pela célula da qual ele se origina:

1. Carcinoma basocelular

É o tipo mais comum de câncer de pele. Por atingir as células basais, localizadas na camada mais inferior da epiderme, costuma se desenvolver com mais frequência em regiões que estão mais expostas ao sol. São elas: rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.

Geralmente, o carcinoma basocelular é mais frequente em pessoas claras (ou que, ao longo dos anos, ficaram muito expostas ao sol) e se manifesta na forma de um nódulo.

2. Carcinoma espinocelular

Originado das células escamosas da epiderme (parte mais externa da pele), o carcinoma espinocelular comumente se manifesta na forma de uma ferida que não cicatriza, uma mancha escamosa ou, ainda, como um caroço avermelhado.

As regiões do corpo mais afetadas são aquelas que ficam mais expostas ao sol, como face, orelhas, costas, peito, braços etc.

Apesar de se desenvolver com mais frequência em pessoas claras, esse tipo de câncer pode aparecer, também, em peles escuras.

3. Melanoma

O melanoma se desenvolve a partir dos melanócitos, células que produzem a melanina (pigmento que dá cor à pele).

Pode ser encontrado em qualquer área do corpo, mesmo naquelas que não são muito expostas ao sol, e se manifesta por meio de uma pintinha escura que aumenta de tamanho com o tempo.

É o tipo mais letal de câncer de pele e, portanto, é essencial que seja diagnosticado precocemente e tratado quanto antes.

Causas

Infelizmente, a causa exata para o câncer de pele ainda é desconhecida. No entanto, existem diversos fatores de risco que podem aumentar as chances para o seu desenvolvimento. São eles:

  • exposição aos raios ultravioleta (presentes no sol, câmaras de bronzeamento artificial etc. Isso acontece porque os raios UV são capazes de danificar as células da pele, tornando-as potencialmente cancerosas);
  • ter pele e cabelos claros;
  • ter sardas, manchas ou verrugas na pele;
  • histórico familiar dessa doença;
  • já ter sofrido de câncer de pele.

Diagnóstico

A detecção do câncer de pele costuma ser feita por meio de:

  • exame físico (o médico, durante a consulta, pode examinar sua pele para determinar se as alterações cutâneas têm características comuns ao câncer de pele);
  • biópsia (para a confirmação do diagnóstico, é necessário remover a lesão ou uma amostra de tecido desta para análise.

O câncer de pele tem cura?

O tratamento para essa doença vai depender, principalmente, de seu estágio, tipo, localização e tamanho.

Em casos simples, caracterizados pela presença de um tumor pequeno e localizado apenas na superfície da pele, o tratamento exige apenas a remoção deste, geralmente feita durante a biópsia.

No mais, são outros tratamentos indicados para o câncer de pele:

  • remoção cirúrgica do tecido canceroso (e suas margens circundantes);
  • congelamento (destrói alguns cânceres de pele, em estágio inicial, por meio de nitrogênio líquido);
  • radioterapia (usa feixes de energia de alta potência para eliminar as células cancerosas);
  • quimioterapia (utiliza uma série de medicamentos para eliminar as células cancerosas);
  • terapia fotodinâmica (destrói as células cancerosas da pele por meio de uma combinação de laser e medicamentos que as tornam mais sensíveis à luz).

E, por fim: como prevenir o câncer de pele?

  • proteja-se do sol:
    • utilize filtro solar com, no mínimo, FPS 30, e aplique-o todos os dias antes de sair de casa. Caso você esteja na piscina ou transpire bastante, passe uma nova camada a cada duas horas;
    • sempre que possível, fique na sombra;
    • se você precisar se expor ao sol por muito tempo, procure usar roupas e chapéus que tenham proteção UV em seus tecidos.
  • faça periodicamente um autoexame de pele:
    • de frente para o espelho, examine todo o corpo a procura de manchar/inchaços novos, incluindo mãos, dedos e plantas dos pés;
    • para a região anal e genital, utilize um espelho para examinar o local;
    • mantenha as consultas de rotina com o dermatologista em dia.

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde

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