Pé chato: o que é, sintomas e tratamentos

Close de dois pés de uma pessoa que tem o pé chato

Normalmente, a parte interna de nossos pés possui uma lacuna, formando um arco pouco elevado entre a sola e o chão. Contudo, existem pessoas que possuem essa região plana. Quando isso ocorre, falamos que ela tem o pé chato.

Esse quadro, normalmente, só precisa de tratamento se causar desconforto ao paciente, indicar um distúrbio subjacente ou provocar dor em outras partes do corpo. Além disso, existem diversos dispositivos e exercícios simples que podem ajudar a minimizar os seus sintomas.

Continue conosco para saber mais sobre as causas, sintomas e tratamento dos pés chatos!

Como funciona o pé chato?

Como já explicamos acima, os pacientes com esse quadro têm os arcos das solas dos pés muito baixos, ou até mesmo plenos. Em outras palavras, um ou ambos os pés costumam ficar completamente apoiados no chão.

Nosso pé tem 33 articulações, que mantêm 26 ossos diferentes juntos, além de mais de 100 músculos, tendões e ligamentos. Os arcos, por sua vez, funcionam como uma espécie de mola que ajuda a distribuir o peso corporal entre os pés e pernas.

Tendo isso em vista, não é de se espantar que a estrutura desses arcos determina como uma pessoa caminha e, por isso, eles precisam ser resistentes e flexíveis. Assim, eles se adaptam a uma variedade de superfícies distintas.

Quando as pessoas têm pés chatos, eles podem “girar para dentro”, apontando um para o outro, ou para fora. Esse quadro é conhecido como excesso de pronação e, apesar de normalmente não apresentar sintomas, precisa ser investigado de perto.

Por fim, o pé chato normalmente é hereditário e não causa dor, mas como diminui a absorção de impacto no pé, traz desequilíbrio no uso das pernas, podendo levar a lesões no calcanhar, joelho, tornozelo, além de fascite plantar e tendinite tibial posterior.

Fatores de Risco

  • Hereditariedade;
  • hiperfrouxidão ligamentar;
  • má formação óssea;
  • pouca atividade física;
  • obesidade;
  • lesōes traumáticas no pé (mais comum na idade adulta).

Sintomas

O pé chato é comum em bebês e crianças de até 6 anos. Nesse período, o pequeno começa a andar e a sola do pé ainda está em desenvolvimento. Se, durante a idade escolar, o arco plantar não se formar naturalmente, é grande a probabilidade de se confirmar o pé chato.

Na maioria dos casos, essa mudança anatômica não traz sintomas. Porém, a atividade física pode causar dores no calcanhar, tornozelo e joelho, possibilitando lesões como a fascite plantar – uma inflamação no tecido fibroso que se estende da ponta dos dedos ao calcanhar, ou tendinite tibial posterior, acometendo o ligamento que liga a panturrilha ao pé.

Caso a criança sinta dor em algum dessas regiões ou ao dobrar o pé, um médico deve ser consultado.

São outros sintomas de pé chato:

  • estresses anormais no joelho e quadril;
  • giro dos tornozelos para dentro;
  • inchaço;
  • dores nos joelhos, parte inferior das costas e quadris;
  • rigidez nos pés.

Diagnóstico

O diagnóstico do pé chato baseia-se na história clínica e familiar do paciente e em exames como Raio-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Complicações

O pé chato não causa sequelas. Porém, pode ser associado a lesões como ruptura de tendão e tendinite no tendão de Aquiles.

Tratamento

O tratamento do pé chato visa evitar dores ou complicações provocadas por este.

Muito usadas no passado, as botas ortopédicas atualmente são indicadas apenas para crianças com hiperfrouxidão ligamentar ou em situações de dores extremas e desequilíbrio ao caminhar.

Se não existir dor ou calosidades, normalmente não é necessário nenhum tipo de tratamento. Em caso de dor para deformidades mais leves, são recomendados pelos ortopedistas:

  • palmilhas ortopédicas;
  • sapatos especiais;
  • perda de peso, quando necessário.

A cirurgia é indicada para quadro graves em que o pé chato impossibilita a caminhada do paciente, na presença de barra óssea ou rompimentos de tendão.

Prevenção

Não há como prevenir o surgimento do pé chato. Porém, recomenda-se algumas práticas para evitar dores e lesões como, por exemplo:

  • alongamentos regulares;
  • sapatos confortáveis e adequados;
  • manter-se dentro da faixa de peso.

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Texto originalmente publicado no portal Convite à Saúde

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